domingo, 7 de agosto de 2011

Medo

Tenho medo
de ter medo, mas,
tenho!

Do trânsito
que mutila
a melodia da
POESIA.

Dos carros
que abafam
o canto da cotovia.

Da zoada insensata
que cala,
o apito da longinqua
locomotiva

Da Terra triste
onde as abelhas
não polinizam mais.

Das noites
sem sonhos,

Dos jovens de asas quebradas
pelos
INCESTICIDIOS.
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